terça-feira, 21 de agosto de 2007

Quem é meu irmão? - Prefacio

“WHO IS MY BROTHER?” (“QUEM É MEU IRMÃO?”)
RESENHA por ALMIR FERREIRA LUZ JÚNIOR
Igreja de Cristo em Vitória

PREFÁCIO

O presente texto tem por objetivo disponibilizar ao leitor uma resenha (resumo) do livro “Who is my brother?: facing a crisis of identity and fellowship” (Quem é meu irmão?: encarando uma crise de identidade e Comunhão) de F. LaGard Smith. Esse trabalho limita-se em expor os argumentos do autor e, a não elaborar críticas. As críticas devem ser feitas pelo leitor, mas, apesar de não ser minha intenção pode ser que em algum momento eu o faça.
Em primeiro lugar esse livro não é inspirado. Foi o material principal da 12ª Conferência Internacional Anual de Professores ou de “Mestres” da ICOC[i] (12nd Annual International Teachers' Conference 2006 of the ICOC), conferência essa que teve seu título. É um material que está disponível somente em inglês[ii], mas acredito que as questões que aborda são relevantes em qualquer lugar do mundo e para pessoas que falam qualquer língua e, por isso, se possível, é interessante ler o título original.
A pergunta é provocativa. Quem é meu irmão? Quem não é? Provocativa porque mexe com uma série de conceitos que concebemos durante anos. Para mim é. Após anos na Igreja de Cristo Internacional (ICOC) e, onde pelo menos a geração de cristãos que nasceram na fé na mesma época que eu, tinha isso muito bem claro[iii], a pergunta mexe com meus pensamentos.
Pode ser que você já pensava nisso antes, mas não dava importância, mas após as mudanças iniciadas em fevereiro de 2003, me parece que a ênfase nesse assunto aumentou. Assim, perguntas como essas não merecem ser analisadas de maneira superficial, nem deixadas de lado. Por isso o interesse em ler e resumir esse livro. Talvez, você esteja pensando muito nesse assunto, mas não tenha seus pensamentos muito bem organizados. O autor do livro fez isso antes de você e, portanto é uma oportunidade de aprender. Por fim, pode ser que realmente não esteja pensando muito nesse assunto, pois o trabalho local nas congregações e a vida consomem muito de nossos pensamentos. Bem, para você também é importante porque os pensamentos expostos nesse livro nos ajudam a pensar no Reino de DEUS tanto localmente quanto mundialmente. Ainda mais, é a primeira visão sistematizada sobre o assunto dentro do Movimento da Restauração, que sempre foi considerado um movimento de divisões, separações e conflitos, devido principalmente ao seu enfoque na pureza doutrinária a qualquer custo.
O livro trata da Comunhão. O próprio autor assim o define:
Esse é um livro sobre a Comunhão cristã. Quem é um cristão? Quem não é? Com quem nós dividimos o Reino de DEUS como irmãos e irmãs em Cristo? Como nós deveríamos tratar aqueles que nunca nasceram espiritualmente como os cristãos do 1º século? Enfim, como nós deveríamos tratar aqueles que de fato nasceram de novo para o Reino de DEUS? (SMITH, 1997, p. 7; tradução livre minha).
Confesso que após ler o livro, algumas dúvidas foram respondidas, outras não e outras surgiram. Assim esse livro pode ser o início de boas discussões sobre o assunto. Mas também trata de assuntos absolutos. Podemos assim fortalecer nossas convicções e, ajudar os outros.
O livro divide-se em três partes. Na primeira delas, o autor expõe as questões que o motivaram a escrever o livro, mais especificamente, a perda da convicção por parte de alguns, daquilo que nos torna irmãos em Cristo: o novo nascimento em Cristo efetuado da maneira bíblica. Na segunda parte o autor propõe 5 níveis de relacionamento que nós deveríamos ter com as pessoas – 1) Comunhão Universal – A família da Humanidade; 2) Comunhão de mesma Fé - “Como família”; 3) Comunhão em Cristo - A família ampliada; 4) Comunhão de Consciência - A família mais próxima e; 5) Comunhão Congregacional – A família íntima. Por fim, na terceira parte, o autor discute alguns assuntos que chama de “as vacas sagradas” do movimento da Restauração, ou seja, algumas tradições doutrinárias que tem sido fonte de muito debate: 1) A disciplina de afastamento de membros na Igreja; 2) Falsos profetas ou falso ensinamento? e; 3) O prospecto da Comunhão eterna. Por fim, no epílogo, o autor expõe uma carta pessoal escrita a Max Lucado chamando-o a um retorno à convicção de que o Batismo é essencial para a Salvação, o quê não será abordado nesse texto.
(CONTINUA...)
NOTAS

[i] Maiores informações no endereço http://www.douglasjacoby.com/view_whats_new.php?ID=4. Também é possível baixar as aulas.
[ii] Interessados em adquirir esse livro e outros do autor podem fazê-lo pelo endereço http://www.21stcc.com/.
[iii] Para essa geração de membros da ICOC, cristãos eram somente os membros dessa instituição. Isso se dava por uma série de padrões estabelecidos nesse julgamento como a doutrina de Salvação, o envolvimento evangelístico e a pureza de caráter pessoal.

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